Após a publicação de “Repensando a secularização: uma agenda para a investigação do mundo religioso“, de André Magnelli, trazemos hoje, no Fios do Tempo, o texto “Para além do véu das religiões”, de Nelson Lellis. O autor apresenta aqui a sua perspectiva sobre a nova série do Ateliê de Humanidades Editorial, por ele dirigida: “Religiões: enquadramentos e fronteiras”.
Qual é o universo de questões abrangido pela Série? O que será publicado e em qual prateleiras? Qual a novidade da proposta no mercado editorial brasileiro?
Desejo, como sempre, uma excelente leitura!
A.M.
Fios do Tempo, 07 de agosto de 2023
Sinopse da Série “Religiões: enquadramentos e fronteiras”
Como instituição de livre estudo e pesquisa comprometida com a liberdade de pensamento, a probidade intelectual, a excelência acadêmica e a formação democrática, o Ateliê de Humanidades e o Ateliê de Humanidades Editorial buscam fomentar um diálogo esclarecido entre pesquisadores, indivíduos, religiosos e cidadãos acerca das religiões de ontem e de hoje. Com a publicação de pesquisas e saberes de distintas áreas do conhecimento, sobretudo as de natureza interdisciplinar, visamos contribuir para o enriquecimento e a atualização do campo de estudos. O termo está no plural – religiões – porque visamos enfatizar nosso interesse por sua multiplicidade e heterogeneidade (social, histórica, cultural, política, institucional), sem perder de vista o cuidado com a consistência própria de distintas tradições religiosas. Por enquadramentos, referimo-nos aos quadros pelos quais é possível delimitar a investigação de modo a descrever, compreender, explicar e/ou criticar; e por fronteiras, enfatizamos o aspecto dinâmico e interativo dos fatos, crenças, identidades, territórios, controles, valores e narrativas. Dado seu escopo amplo, a Série vai se construindo paulatinamente com uma divisão em Coleções temáticas. A princípio, a Série se divide em três prateleiras: (a) novas edições, traduções e/ou recepções de obras e autores clássicos; (b) traduções de livros que releem, enriquecem, atualizam e/ou acumulam nosso conhecimento das religiões de ontem e de hoje; e (c) publicações inéditas de livros de autores e grupos de pesquisa no Brasil.
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Para além do véu das religiões:
Uma perspectiva sobre a série
“Religiões: enquadramentos e fronteiras”
“Que seria de nós sem o auxílio das coisas que não existem?”
Paul Valéry
Há poucos meses fui convidado por André Magnelli, diretor e fundador do Ateliê de Humanidades, para coordenar a série “Religiões: enquadramentos e fronteiras”. A estante inicia com duas publicações: “Urbanidade gospel: megatemplos evangélicos na experiência urbana”, produto da tese doutoral de Rita de Cássia Gonçalo Alves (IPPUR/UFRJ), em pré-lançamento, e “Religião e política: católicos e catolicismos em metamorfoses”, obra coletiva organizada por mim e por Sílvia Fernandes (UFRRJ), com lançamento previsto para setembro próximo. Almejando a excelência da série, a composição do conselho editorial, que contempla pesquisadores(as) de universidades nacionais e internacionais, foi pensada com o objetivo de: ampliar o horizonte do aspecto consultivo, enriquecer as sugestões de novas obras dentro na linha editorial, contribuir com pareceres em material submetido para publicação, e, sobretudo, garantir um olhar descentralizado da série, isto é, que busque dar conta das múltiplas faces de expressão religiosa no Brasil e no mundo. O conselho editorial da série “Religiões: enquadramentos e fronteiras” é composto pelos seguintes nomes:
- Alexandre Brasil Fonseca (Instituto Nutes de Educação em Ciências e Saúde da UFRJ)
- Christina Vital da Cunha (Universidade Federal Fluminense – UFF)
- Donizete Rodrigues (Centro em Rede de Investigação em Antropologia – CRIA – Universidade Nova de Lisboa)
- Marcelo Ayres Camurça (Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião da Universidade Federal de Juiz de Fora e professor visitante no Programa de Pós-Graduação em História Social na UERJ)
- Mariela Mosqueira (Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas – CONICET / Universidad de Buenos Aires)
- Raimundo César Barreto Jr. (Princeton Theological Seminary)
- Rita de Cássia Gonçalo Alves (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional – IPPUR / UFRJ)
- Roberto Dutra (Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro – UENF)
- Thiago Pacheco (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ)
O texto abaixo traz minha perspectiva sobre a série em questão e aprofunda pontos da apresentação da coleção.
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O véu está presente em várias tradições religiosas e possui diferentes funções e significados. Certamente, uma de suas mais atraentes encontra-se nas narrativas judaico-cristãs: o véu do templo como elemento de separação entre o sagrado e o profano.
Em nosso caso, ir para além do véu não seria uma forma de adentrar recintos sagrados e legitimá-los como tal, mas sim vasculhar (metaforicamente) o interior dos ambientes sacralizados em busca do que ali foi e é produzido e que, consequentemente, afetou e afeta estruturas sociais. Trata-se de espreitar a antessala, os porões, a coxia das religiões e pensá-las com método, apresentando caminhos possíveis para auxiliar na interpretação, no reconhecimento e na consideração científica dos diferentes segmentos e configurações de crença no Brasil e no mundo.
A tradição ocidental conhece bem o poder social, político e cultural catalisado pelos textos sagrados na sociedade.1 O uso pragmático e programático de escritos interpretados como “palavra de Deus” serviu para nortear governos e organizar sociedades2, pautar pensamentos e debates3, justificar colonizações etc.4 Por outro lado, através de estudos comparados sobre as três maiores religiões do mundo, como os produzidos pela historiadora inglesa – e ex-freira – Karen Armstrong5, permitiram observar o quanto o envolvimento com o Estado desencadeou na história um movimento diferente do engajamento místico com esforços para a garantia da paz.
Muitos são os olhares que tentaram e tentam desnudar (ou desvendar) o papel da religião e o modo como as sociedades foram organizadas e as decisões políticas ainda são tomadas a partir de seus códigos morais e sagrados. Não poucos discutiram ao longo da história das ciências humanas, sociais e históricas, por lentes distintas, a relação das religiões com a humanidade, como: Edward B. Tylor, James G. Frazer, Sigmund Freud, Carl Jung, Émile Durkheim, Karl Marx, Max Weber, William James, Mircea Eliade, E.E. Evans Pritchard, Clifford Geertz, Pierre Bourdieu, Marcel Gauchet, dentre muitos outros, que contribuíram com suas pesquisas, deixando-nos um vultoso legado teórico. Por sua vez, novas pesquisas e críticas surgiram recentemente a partir de uma clivagem epistemológica, diferenciando – e eventualmente buscando intersecções – entre epistemologias do Sul e do Norte, buscando localizar a produção de diferentes teorias, descrições e engajamentos de religiosos na esfera pública.
Pensando na fortuna crítica e nas novas contribuições que surgem em contextos dos mais variados, a Série Religiões: enquadramentos e fronteiras traz a público obras que contemplam o fenômeno religioso na sociedade e seu desenvolvimento na história. Não pode ser considerada uma sistematização enciclopédica ou um tratado, tal como a produção de Mircea Eliade6 – que se tornou um clássico do pensamento contemporâneo –, pois constitui, muito mais, um catálogo de pesquisas realizadas de maneira independente, que se somam à generosa estante do mercado editorial sobre as religiões.
E se já existe um número expressivo de títulos para o “consumo”, o que há de novo nesta Série? O Ateliê de Humanidades (e seu braço editorial, o Ateliê de Humanidades Editorial)exerce suas atividades como uma instituição comprometida com a qualidade de suas reflexões e publicações, obedecendo a um critério que enaltece sempre o rigor acadêmico, base fundamental para o exercício da crítica – a quaisquer que sejam as ideologias e posturas – dentro da esfera democrática. Ele oferece obras que auxiliam no diálogo entre pesquisas pontuais/locais e internacionais. Portanto, as redes construídas pelo Ateliê de Humanidades ampliam o acesso às diferentes epistemologias e intersecções para o estudo em religião; e tudo isso, certamente, eleva o nível da presente Série. Para além desse compromisso, Religiões: enquadramentos e fronteiras aponta para um caminho singular no meio editorial.
E por quê?
O título da Série pluraliza o termo religião, pois considera imprescindível discutir a sociedade de ontem e de hoje reconhecendo a heterogeneidade das religiões e de suas formas de ação: impactos sobre os universos culturais; formas cadenciadas de inserção da religião na esfera pública; atuações na legitimação de discursos e decisões políticos; e ações nas variadas esferas de representação e ação: composições artísticas, afirmações de identidades, movimentos sociais, lideranças carismáticas, lutas por valores (justiça, igualdade, liberdade, fraternidade…), exercícios de violência, ideais de urbanidade etc.
No entanto, as religiões, outrora tão estruturadas e estruturantes, estão hoje fragmentadas no tempo e no espaço, apresentando um campo repleto de complexidades e obstáculos hermenêuticos. Isso impossibilita uma simplificação das suas identidades. Religiões que são, nas palavras de Rubem Alves7, uma rede de símbolos, também podem ser interpretadas como uma rede tecida por palavras que seres humanos põem-se a deitar. O esforço desta Série é interpretar como essa “rede” criada torna-se “criadora” de um catálogo de sentidos que atravessam, formam e afetam as múltiplas faces de uma sociedade. A composição desta Série permite, diferentemente do que temos visto em alguns selos editoriais, uma atenção maior para abranger múltiplos segmentos religiosos, novas expressões de espiritualidades, de rituais e de demais aspectos que a humanidade tem desenvolvido.
Mediante a tarefa que se agiganta nos estudos de sociologia da religião, das ciências das religiões, da antropologia, da psicologia, da própria teologia, a Série considera duas categorias que ajudam a conceber e a nortear metodologicamente sua estante: enquadramentos e fronteiras.
Por enquadramentos, referimo-nos às delimitações de determinados problemas de pesquisa. Considerando não haver uma religião como bloco monolítico, seus fenômenos plurais precisam ser postos em quadros, semelhante ao que Erving Goffman chamou de frame8, a fim de refletir nos aspectos microscópicos das interações do cotidiano. São dessas observações que estruturas e mecanismos pluricelulares podem ser melhor mapeados. Esse enquadramento também equivale, no plano artístico, à pintura que retrata um instante (conforme Bachelard)9, ou à composição de um espaço e tempo que é incorporado à experiência oferecendo, com seus traços, luzes e cores, um sentido plausível dos condicionamentos, de acordo com Bourdieu.10 Esses enquadramentos criam um elo entre descrição e crítica a fim de analisar as pragmáticas estética, social e política produzidas pela religião. A título de exemplo, podemos enquadrar as religiões através de frames da experiência da interação religiosa, distinguindo-a em perspectivas: (a) a soberania do fiel (eu-eu),em que o sujeito traduz sua tradição ou textos sagrados em performance subjetiva; (b) a intersubjetividade intrarreligiosa (eu-tu / eu-nós), em que as concepções religiosas de mundo se intensificam no grupo religioso ou em blocos sociais (movimentos, partidos, demais coletivos); e (c) a relação dos fiéis com seus outros (eu-ele / nós-eles), em que, por um lado, os frames desempenham um papel fundamental na construção das relações de poder de hierarquia e, por outro, quando ocorre confrontos do “eu/nós” com o “ele/eles”, reforçando diferenças e destacando superioridade ou inferioridade de um grupo em relação a outro.
Por outro lado, as fronteiras. De que maneira as religiões podem ser compreendidas por seu limites e fronteiras, entendidos não apenas geograficamente, mas também como um fato sociológico?11 Essas fronteiras remetem, simbolicamente, aos antigos portos, que eram pontos de trocas e vendas comerciais, de partida para algum lugar e de chegada de novos mundos, de contatos com línguas, religiões, culturas, aromas dos mais variados, de curiosidades, de despedidas ou de reencontros. Os portos são fronteiras que fazem lembrar a “dialógica cultural”12, em que normas, valores, modelos, ideais podem ser alterados em níveis radicais (ou não). As fronteiras descrevem a interação, mas também trazem à tona as estruturas que não se encontram objetivas na paisagem, como: deslocamentos, controles, identidades, fluxos, incorporações de crenças, outros corpos e outros fragmentos constituídos a partir da fusão, do diálogo ou das disputas entre forças antagônicas. Por fim, as fronteiras dialogam também com as relações marcadas pela territorialidade e pelo poder, onde redes são organizadas hierarquicamente para controle social.
Toda essa riqueza temática, que envolve o fenômeno religioso a partir de enquadramentos e fronteiras, tem e terá nesta Série não apenas pesquisas contemporâneas que releem, atualizam e avolumam a discussão, mas também novas edições (e/ou traduções) de aportes teóricos clássicos para interpretação do campo religioso, recuperando conceitos e categorias que facilitam a classificação de determinado objeto/sujeito dentro do fenômeno em questão. Buscando retomar textos relevantes ainda não traduzidos para o português, bem como recentes pesquisas cujo acesso é restrito a determinada língua, a Série tem por objetivo criar condições a fim de que leitores e estudiosos no assunto não esperem muito pelo contato com essas obras e as tenham tanto para auxílio de suas próprias pesquisas quanto para o conhecimento pessoal.
Finalmente, Religiões: enquadramentos e fronteiras surge num período em que a secularização e a laicidade se tornaram assunto novamente discutido pelo avanço da religião na esfera pública,13 em que as antigas afirmações sobre a religião têm sido revisadas diante da chamada “época pluralista”,14 em que seus discursos no setor político alcançam diferentes tonalidades,15 em que sua inserção na cultura digital ocupa cada vez mais espaço,16 em que os clássicos são revisitados para a crítica da religião,17 e até mesmo em que novas descobertas sobre a ética de religiões outrora sentenciadas como bárbaras, que já se demonstravam mais humanizadas e “civilizadas” do que as dos países colonizadores.18
Esperamos que o percurso de produção dessa Série através do Ateliê de Humanidades Editorial sirva para enriquecer e atualizar o campo de pesquisas no Brasil, oferecendo ferramentas teóricas para melhor classificação e compreensão dos estudos em religião e promovendo debates que visem a liberdade e o fortalecimento da democracia – e, isto, com o auxílio das coisas que lemos e que vemos para além dos véus.
Notas
1 HILL, Christopher. A bíblia inglesa e as revoluções do século XVII. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
2 Ibidem.
3 LILLA, Mark. El Dios que no nació: Religión, política y el Occidente moderno. Madrid: Debate, 2011.
4 PRIOR, Michael. Bible and Colonialism: A Moral Critique. Sheffield: Sheffield Academic Press, 1997.
5 ARMSTRONG, Karen (2016) Campos de sangue: religião e a história da violência. São Paulo: Companhia das Letras.
6 ELIADE, Mircea (2010) Tratado de história das religiões. 4ª ed. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes.
7 ALVES, Rubem (1999) O que é religião? 15ª ed. São Paulo: Ed. Loyola.
8 GOFFMAN, Erving (2012) Os quadros da experiência social: uma perspectiva de análise. Petrópolis: Editora Vozes.
9 BACHELARD, Gaston (2007) A intuição do instante. Versus Editora: Campinas.
10 BOURDIEU, Pierre (1996) Photography: A Middle-Brow Art. Cambridge: Polity Press.
11 SIMMEL, George (2013) Sociologia do espaço. Estudos Avançados, vol. 27, nº 79, p. 75-112.
12 “Dialógica cultural” é uma expressão utilizada por Edgar Morin ([2011] O Método – As ideias: habitat, vida, costumes, organização. 5ª ed. Porto Alegre: Sulina) ao traduzir o conceito de imprinting (cunhado por Konrad Lorenz para dar conta das primeiras experiências do jovem animal) para a esfera cultural. O ser humano passaria, inicialmente, por um determinismo organizador de sistemas, de convicção e de crença, normatizando o dogma e ideologias dominantes. A quebra desse imprinting poderia ocorrer na “dialógica cultural”, onde diversos pontos de vista são conhecidos. Para Morin, essas condições aparecem quando é permitido “o encontro, a comunicação e o debate de ideias” (ibidem,p. 33).
13 GIUMBELLI, Emerson (2002) O fim da religião: dilemas da liberdade religiosa no Brasil e na França. São Paulo: Attar Editorial.
14 BERGER, Peter L. (2017) Os múltiplos altares da modernidade: rumo a um paradigma da religião numa época pluralista. Petrópolis: Ed. Vozes.
15 ALMEIDA, Ronaldo; TONIOL, Rodrigo (orgs.) (2018) Conservadorismos, fascismos e fundamentalismos: análises conjunturais. São Paulo: Editora Unicamp; RODRIGUES, Donizete; LELLIS, Nelson (2020) Religião e Política: o contexto da lusofonia. São Paulo: Ed. Recriar.
16 CAMPBELL, Heidi A.; BELLAR, Wendi (2023) Digital Religion: The basics. London/New York: Routledge.
17 NEWTON, Richard; TOUNA, Vaia (orgs) (2023) Critiquing Religion: Discourse, Culture, Power. London/New York/Dublin: Bloomsbury Academic.
18 GRAEBER, David; WENGROW, David (2022) O despertar de tudo: uma nova história da humanidade. São Paulo: Companhia das Letras.
Referências bibliográficas
ALMEIDA, Ronaldo; TONIOL, Rodrigo (orgs.) (2018) Conservadorismos, fascismos e fundamentalismos: análises conjunturais. São Paulo: Editora Unicamp.
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RODRIGUES, Donizete; LELLIS, Nelson (2020) Religião e Política: o contexto da lusofonia. São Paulo: Ed. Recriar.
SIMMEL, George (2013) Sociologia do espaço. Estudos Avançados, vol. 27, nº 79, p. 75-112.
Catálogo do Ateliê de Humanidades Editorial
Nelson Lellis

Doutor em Sociologia Política (UENF). Bolsista pós-doc pelo PPGSP-UENF. Membro do Núcleo de Estudos em Representação e Democracia (NERD). Tem experiência nas áreas de Ciência e Sociedade, Análise do Discurso, Sociologia da Religião, Filosofia da Religião, Primeiro Testamento (Bíblia Hebraica), Metodologia da Pesquisa. Desenvolve pesquisas sobre a interface Política e Religião no Brasil. Organizador das coletâneas: “Política e Religião à brasileira” (editoras Terceira Via / Recriar); “Religião e Violência” (ed. Recriar); “Israel no período Persa” (Editoras Loyola / Recriar). Colaborador no Fios do Tempo do Ateliê de Humanidades (Instituição de livre estudo, pesquisa, escrita e formação). Colunista e membro do Comitê Editorial da Revista Senso. Membro do Grupo de Pesquisa Dinâmicas Territoriais, Cultura e Religião (CRELIG).
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