Neste primeiro decênio de abril, em meio à pandemia do novo coronavírus, a religião e a política mostraram-se mais uma vez estreitamente vinculadas na vida brasileira. Esse vínculo teve uma ostensiva expressão no Jejum Nacional convocado pelo próprio presidente e pelas principais lideranças religiosas evangélicas.
Diante disso, nos dedicamos agora, em nossa série de debates do Fios do tempo sobre a pandemia, a uma reflexão sobre a relação entre religião e política, com a publicação de duas destacadas contribuições. Nesta quinta-feira (09/04), Nelson Lellis nos traz, em O Jejum Nacional: Faces de uma sociedade adoecida, uma análise muito bem documentada sobre a presença dos evangélicos na política em meio à pandemia, mostrando também como outras lideranças intelectuais e religiosas criticam os usos políticos da religião e, também, do jejum em apoio ao presidente. Desta forma, a análise sociológica de Lellis nos conduz a questões fundamentais: qual a relação entre religião e política? Qual a natureza da religiosidade cristã? A quem e para que se faz um jejum religioso?
Essas reflexões se aprofundam na sexta-feira (10/04), com o artigo de Wellington Freitas: Egolatria religiosa em tempos de pandemia. Nele, Wellington realiza não apenas uma análise da egolatria tele-neopentecostal, como também reflete, sociológica e teologicamente, sobre as distintas formas de compreender o sobrenatural e explicar o Mal, a natureza do jejum e a relação entre o cristão e a autoridade. Diante do avanço de egolatrias religiosas, não seria o momento de uma corajosa egoclastia, capaz de recuperar um autêntico senso do que é a experiência religiosa?
Mesmo sabendo que os fatos estão sucedendo sempre à frente das análises por nós feitas, cremos que estes textos, que enfrentam com coragem a análise no calor da hora, são excelentes contribuições para entender o processo em curso.
E virão mais! Nos acompanhe. Desejamos a todos excelentes leituras, ou escutas!
A. M.
Fios do tempo, 09 de abril de 2020
O jejum nacional:
Faces de uma sociedade adoecida
Campos dos Goytacazes, 08 de abril de 2020
Wolfgang Schluchter é um dos sociólogos que entende que houve equívoco na interpretação sobre os escritos de Weber acerca da secularização. Quando Weber tratava da secularização, não pensava no desaparecimento da religião, mas em sua posição e relação com outros poderes e ordens sociais. Religião e Estado, portanto, seriam esferas autônomas e separadas uma da outra. Na leitura de Schluchter sobre o teórico alemão, “o direito secular reina sobre o direito religioso, e não o religioso sobre o secular”.
No Brasil, é fato que a Constituição Federal de 1988 garante o Estado laico, ainda que, em muitos momentos, seja influenciada pela tradição cristã, como: a) o preâmbulo: “[…] sob a proteção de Deus […]”; b) o ensino religioso (Art. 210, §1º); c) a imunidade tributária dos templos religiosos (Art. 150, inciso VI, alínea “b”); d) os efeitos civis do casamento religioso (Art. 226, §2º); dentre outras. Pela plataforma weberiana, independentemente da interpretação sobre a secularização que a ela se impõe, o Brasil mostra-se como um campo com grandes desafios, uma vez que a crença (por diferentes segmentos religiosos) passa dos 90% e seu envolvimento (sobretudo os cristianismos) com a esfera pública é flagrante. Em março de 2018, por exemplo, foi divulgada uma pesquisa do IBOPE (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística) onde foram entrevistados 2 mil pessoas, por 127 municípios. 79% afirmaram ser importante que o candidato à presidência da república acredite em Deus. Esse número demonstra como a religião, em diferentes áreas, é essencial para o brasileiro.
Na seara política, em pesquisa que tenho realizado junto com o prof. Leonardo Gonçalves de Alvarenga, percebemos que houve um crescimento de 200%, entre os anos 1998 e 2018, de candidatos ao Legislativo com títulos religiosos. Esse avanço é exponencial na sociedade, como já demonstram pesquisas do DataFolha.
Religiosos e política em tempos de coronavírus
O envolvimento de atores religiosos na política e de políticos na religião no período de pandemia do Covid-19 tem traduzido para o público narrativas distintas acerca do papel da fé e do poder público. Guardar ou não a quarentena? Antes do Brasil, tivemos notícias de casos confirmados do Covid-19 a partir de cultos coletivos pelo mundo. No início de março/2020, por exemplo, a igreja evangélica The Christian Open Door, que fica no distrito de Bourtzwiller (Mullhouse), na França, foi um foco de transmissão do Covid-19. O vírus se espalhou do norte do país (Cotentin) para outros lugares, como Córsega e Guiana Francesa. O Le Monde informou que o contágio ocorreu durante o encontro realizado pela comunidade religiosa no período da Quaresma. Isso possibilitou que territórios afastados tivessem contato com o vírus.
Caso semelhante ocorreu na igreja Grace River, de Seongnam, próxima a Seul, que testou positivo para o Covid-19 um terço dos 135 membros desta comunidade. Isso ocorreu após a liderança, também contaminada, ter evitado os apelos do governo sobre eventos com aglomeração, incluindo cultos religiosos. No dia 16 de março, mais 40 novos casos vindos da mesma igreja. Na Coreia do Sul, até esta data, mais de 60% (de 8.200) dos casos confirmados estão associados à Igreja de Jesus Shincheonji. Há sites que divulgam que no início de março eram 73%.
Em Serra-ES, um senhor de 58 anos deu entrada no Hospital Jayme Santos Neves com dificuldades respiratórias. Isso ocorreu no dia 18 de março. Dia 1 de abril veio a falecer em decorrência do vírus. Este senhor era membro de uma pequena igreja da cidade. Segundo o secretário de Estado da Saúde Nésio Fernandes, há outros internados da mesma igreja e “tudo isso por uma irresponsabilidade de lideranças religiosas. Tanto é que tentaram esconder o que estava acontecendo, negaram que havia membros contaminados pelo coronavírus”.
O site do G1 noticiou que dois pastores evangélicos brasileiros foram acusados em Guiné Equatorial de terem celebrado cultos não autorizados neste período do Covid-19. Como consequência, ambos os pastores “serão expulsos do território nacional quando as circunstâncias o permitirem, sem possibilidade de retorno”, anunciou o decreto presidencial. O site informa ainda que a IURD e o Ministério da Libertação, da Saúde e da Profecia, celebraram reuniões cúlticas entre os dias 3 e 4 de abril: “Com seus atos, eles [os pastores] se mostraram insensíveis com o destino de todos os cidadãos”. O decreto presidencial encerrou falando da dissolução das igrejas.
O ambiente de culto coletivo tornou-se, comprovadamente, um espaço que potencializa a transmissão do vírus. No Brasil, antes do caso ocorrido na Serra, medidas foram tomadas após o pronunciamento da OMS (Organização Mundial da Saúde), do Ministério da Saúde e demais autoridades da área. Muitas igrejas fecharam suas portas a partir do dia 15 de março (domingo). As redes sociais e várias outras plataformas online começaram a servir como púlpito e oportunidades de divulgação de cultos. Pastores que outrora não manuseavam tais instrumentos demonizados, agora se rendiam à tecnologia. Além dos encontros informais, não poucas igrejas iniciaram campanhas de conscientização da quarentena e também de apelos para assistirem irmãos da fé diante de um cenário econômico que se afunila(va) com a pandemia.
Contudo, alguns líderes, sobretudo do segmento pentecostal, manifestaram sua indignação em terem de cancelar reuniões em suas igrejas, uma vez que os cultos são, como disse o pastor Silas Malafaia, “lugares terapêuticos” que podem ajudar nesses momentos da pandemia. Em suas palavras: “Vai morrer gente pelo corona-vírus? Vai. Mas se houver caos social, vai morrer muito mais. As igrejas são essenciais para atender pessoas em desespero, angustiadas, depressivas, que não serão atendidas nos hospitais”. A associação do vírus como uma espécie de praga bíblica também fez parte de alguns desses discursos. Edir Macedo (IURD) disse que o vírus é uma estratégia de satã, enquanto Valdemiro Santiago (IMPD) interpretou como uma espécie de vingança divina. No dia 18 de março, a Frente Parlamentar Evangélica divulgou uma nota defendendo a abertura dos templos religiosos. Os membros desta bancada convidaram fiéis para oração contra a “pandemia maligna”.
Ora, tanto Bolsonaro quanto essas lideranças religiosas estão voltadas, de uma forma ou de outra, para a questão econômica. De um lado, a política neoliberal, que defende a reabertura de comércios e o não isolamento social; do outro, a teologia da confissão positiva (ou da prosperidade), que necessita da presença de fiéis para arrecadação de dízimos e ofertas. Com os discursos alinhados, o cenário nos mostrou uma certa migração do caso do corona para a jurisdição da religião através de um jejum em nível nacional.
Um alinhamento entre política e religião
Em vídeo divulgado no twitter do pastor e deputado Marco Feliciano, revela que teria enviado uma carta ao presidente Jair Messias Bolsonaro em nome de vários pastores para conclamação ao jejum e oração pela nação. No dia 2 de março, no costumeiro encontro com seus apoiadores no “cercadinho”, em frente ao Palácio da Alvorada, vários pastores também deram a sugestão para que pudessem proclamar “um jejum para toda a nação”. Outra narrativa aponta o pedido feito pelo pastor Willian Ferreira (Assembleia de Deus Ministério Cruzada de Fogo, de Monte Sião-MG) que, na ocasião solicitou linhas de crédito às igrejas menores. Durante uma entrevista para a rádio Jovem Pan, em 2 de abril, o presidente declarou:
Sou católico e minha esposa, evangélica. É um pedido dessas pessoas. Estou pedindo um dia de jejum para quem tem fé. Então, a gente vai, brevemente, com os pastores, padres e religiosos anunciar. Pedir um dia de jejum para todo o povo brasileiro, em nome, obviamente, de que o Brasil fique livre desse mal o mais rápido possível.
Reações contrárias ao dia de jejum proclamado pelo presidente estiveram presentes nas redes, como a da pastora luterana Romi Márcia Bencke, que também é secretária geral do CONIC (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil):
[…] a melhor prática de jejum é o cuidado com outro. Neste finalzinho de quaresma, precisamos abrir mão dos individualismos e do desejo de poder. Jejum não é sacrifício, mas é ação em oração. […] Em um estado laico, não é papel do presidente da República convocar jejum e oração. A tarefa do presidente é seguir a Constituição, colocar toda a sua energia para resolver junto com os demais poderes instituídos esta crise gigantesca que está instalada no país.
Para o pastor batista Ed Renê Kivitz, “O Brasil não é um estado teocrático. […] O Brasil não tem um rei sob autoridade religiosa, mas um presidente eleito democraticamente”. E critica a relação político-religiosa do Brasil com Israel: “[…] O povo brasileiro não é o povo de Deus e o território nacional não é a terra de Deus – os brasileiros não são Israel e o território brasileiro não é Canaã”. Para o pastor Ariovaldo Ramos, coordenador da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, a postura do presidente fere a Constituição nos seguintes pontos:
1. O presidente não tem autoridade para convocar jejuns; 2. O presidente não pode eleger uma religião, é contra o Estado laico; 3. Se o presidente entender que o país precisa de ajuda espiritual tem de apelar a todas as religiões, sob pena de praticar segregação religiosa.
Em sua rede social, o cientista político Joanildo Burity afirmou que “esta NÃO é uma convocação de todos os líderes evangélicos brasileiros. O nome evangélico está sendo grosseiramente apropriado pela DIREITA pastoral e política” (postagem de 03 de abril, 15:20h). E termina apontando para o texto bíblico que enfatiza a justiça social como o jejum proclamado pelo Isaías pós-exílico: “Quem quiser jejuar, leia primeiro o livro do profeta Isaías, capítulo 58. O resto é falsa profecia. Manipulação grosseira”.
Várias comunidades/instituições apoiaram o dia de jejum e oração. No vídeo divulgado nas redes de líderes evangélicos e políticos ligados ao governo, aparecem denominações como: Igreja Internacional da Graça de Deus, Igreja Universal do Reino de Deus, Assembleia de Deus, Igreja Presbiteriana do Brasil, Igreja Batista, Igreja Pentecostal Deus é Amor, Comunidade Cristã Paz e Vida, Paz Church, Igreja Quadrangular, Igreja Batista Getsêmani, Catedral do Avivamento, Igreja da Restauração, dentre tantas outras. A figura do presidente esteve associada nos vídeos e alguns citaram: “vamos obedecer à convocação do nosso presidente”. Não se pode duvidar de que se trata, igualmente, de uma propaganda que busca singularizá-lo como aquele que conclamou, pela primeira vez na história do país, um dia de jejum – o que fora interpretado por evangélicos progressistas como uma forma de maquiar a responsabilidade social do governo.
Cristãos jejuariam por um anticristo?
Em todos os cenários descritos anteriormente, notamos o conceito de controle social por meio de argumentos religiosos. A massa é guiada pelo impulso e não pela reflexão, como disse G. Simmel. E no campo do inconsciente, esse controle não é percebido por causa dos fragmentos que coincidem, ou, nas palavras de W. Reich, por fazer “sentido” determinada tarefa religiosa, o controle deixa de ser percebido como tal por causa da construção de “sentidos” sobre determinada questão. O jejum, para fiéis, faz todo sentido numa época de crise. Por isso o presidente enfatizou: “[…] para quem tem fé… para os que acreditam”. Muitos o fizeram por sinceridade, enquanto outros tantos, por controle e enquadramento político.
Bolsonaro apoia-se no poder de controle que a igreja exerce sobre seus membros. Trata-se de um poder ideológico em proporções idênticas à que exerce. Curiosamente, Hitler reestruturou a igreja na Alemanha reforçando a sua autoridade e conferindo-lhe o direito de influenciar crianças na escola retirando delas quaisquer ideologias reacionárias. Elevar os “padrões morais” é o mesmo que fazer a vontade de Deus. Aqui no Brasil, Bolsonaro sublinha a autoridade da igreja porque é justamente o apoio dela que lhe dará as condições de se manter no governo e buscar a reeleição.
Portanto, o rito do jejum contra o Covid-19 demonstra onde essas comunidades estão apostando suas fichas: na autoridade mágica reconhecida pelo próprio presidente. E será através de gente assim que poderão, com liberdade, extinguir qualquer mal da nação. Por outro lado, Bolsonaro pretendeu vencer as “barreiras impostas” pelo seu próprio ministro da saúde, posto que, após o jejum, ameaçou demitir Luiz Henrique Mandetta (sem citá-lo) dizendo que sua hora chegaria e que sua caneta funciona muito bem. Após ter dito isso, um líder evangélico respondeu: “Amém”.
O Covid-19 deu oportunidade para que essa relação do poder executivo com as igrejas evangélicas pudesse ser ainda mais aclarada. Não sabemos como isso terminará, mas, certamente, um cenário apocalíptico nos é tentador para a provocação: quem diria que o anticristo seria erguido pelos próprios cristãos?
Nelson Lellis

Doutor em Sociologia Política (UENF). Bolsista pós-doc pelo PPGSP-UENF. Membro do Núcleo de Estudos em Representação e Democracia (NERD). Tem experiência nas áreas de Ciência e Sociedade, Análise do Discurso, Sociologia da Religião, Filosofia da Religião, Primeiro Testamento (Bíblia Hebraica), Metodologia da Pesquisa. Desenvolve pesquisas sobre a interface Política e Religião no Brasil. Organizador das coletâneas: “Política e Religião à brasileira” (editoras Terceira Via / Recriar); “Religião e Violência” (ed. Recriar); “Israel no período Persa” (Editoras Loyola / Recriar). Colaborador no Fios do Tempo do Ateliê de Humanidades (Instituição de livre estudo, pesquisa, escrita e formação). Colunista e membro do Comitê Editorial da Revista Senso. Membro do Grupo de Pesquisa Dinâmicas Territoriais, Cultura e Religião (CRELIG).
Como citar este artigo:
LELLIS, Nelson (2020), O Jejum Nacional: faces de uma sociedade adoecida, Fios do Tempo (Ateliê de Humanidades), 09 de abril. Disponível em: https://ateliedehumanidades.com/2020/04/09/fios-do-tempo-o-jejum-nacional-faces-de-uma-sociedade-adoecida-por-nelson-lellis/
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