Vamos pensar o resultado do primeiro turno das eleições? É o que propomos aqui no Fios do Tempo, começando com uma análise no calor da hora de Paulo Henrique Martins. Em diálogo com autores como Ortega y Gasset, Gabriel Tarde, Erich Fromm e Peter Sloterdijk, Paulo elabora o conceito de “massa” em uma tentativa de compreender o “abismo de sentido” de nosso contexto político. Este texto consiste numa análise criativa das atuais dinâmicas sociais, políticas e religiosas por meio de um entendimento do imaginário das massas em sua natureza afetiva e estética. Trata-se de um convite a se reformular os próprios termos pelos quais buscamos pensar o que acontece.
A.M.
Fios do Tempo, 04 de outubro de 2022
Catálogo do Ateliê de Humanidades Editorial
As massas e a
demonização do social
Recife, 03 de outubro de 2022
Falar do fim do social pode parecer um absurdo para muitos, sobretudo para os sociólogos que continuam a cultivar a crença da sociedade como objeto unificado ou a ser unificável pelos dispositivos de modernização econômica. Esta possibilidade do fim do social cria um grande problema pois, como explica J. Baudrillard, “a sociologia só pode descrever a expansão do social e suas peripécias. Ela vive apenas da hipótese positiva e definitiva do social. A assimilação, a implosão do social lhe escapam. A hipótese da morte do social é também sua morte”.[1] Segundo Baudrillard, a massa ajuda a entender o confuso amontoado do social na medida em que ela é um fenômeno implosivo da modernidade atravessada por correntes e fluxos, sendo “irredutível a qualquer prática e teorias tradicionais”. Na massa (contemporânea) desaparece a polaridade “de um e de outro”, gerando um vácuo e uma força desagregadora que impossibilita crescentemente a circulação dos sentidos. A massa é o que resta quando se esqueceu tudo do social e que elas conservam somente a imagem de Deus, mas nunca a ideia. “O que elas conservaram foi o fascínio dos mártires e dos santos, do juízo final, da dança dos mortos, foi o sortilégio foi o espetáculo e o cerimonial da Igreja, a imanência do ritual – contra a transcendência da ideia”.
Este dilema existencial da sociologia gerado pela ameaça de dissolução da sociedade do trabalho com ascensão do movimento de massas não deve implicar, porém, no seu desaparecimento como disciplina, mas convida a uma forte revisão conceitual. Ela deve considerar a revisão de seus postulados a partir da inclusão de outras variáveis analíticas que ajudem a desvendar o comportamento das massas como um tipo de racionalidade moral peculiar inspirada não no liberalismo político mas nos fundamentos míticos para-modernos. Isto é, a sociologia precisa repensar o objeto sociedade a partir de outras representações do mundo que considere a influência das estruturas simbólicas, afetivas e psíquicas individuais e coletivas na organização da realidade. Neste sentido, a sociologia precisa repensar a racionalização do mundo como um fenômeno ao mesmo tempo empírico e simbólico e aberto a uma variedade ampla de modos de organização da vida quando o caos interfere na ordem social.
A tese do homem-massa de J. Ortega y Gasset publicado no clássico A rebelião das massas, há mais de oitenta anos, é outro conceito polêmico que ajuda a esclarecer a relação complexa das massas neste momento de necessária reorganização da vida social a partir de outros parâmetros normativos e estéticos.[2] Como as massas, por definição, diz ele, não podem dirigir sua própria existência e muito menos reger a sociedade, por não se posicionarem como sujeito, então é necessário se considerar sua manifestação de uma outra perspectiva. A possibilidade de rebelião de massas emerge como um fenômeno assustador e sem direção racional convincente. O autor propõe que a organização em massas tem uma estrutura diversa da sociedade formada por classes sociais (como a moderna), sugerindo então dividir o sistema entre massas e minorias, podendo as minorias aparecer como classes. Para ele, o grande problema surge quando as massas seduzidas pelas imagens do consumo querem acessar lugares institucionais que foram pensados para as minorias. Como, na sociedade capitalista, estes lugares não foram fabricados para uma sociedade de massa aberta às multidões precarizadas, cria-se um conflito psicológico e cultural que é alimentado pelo ressentimento e pelo desejo obsessivo de penetrar os recintos do paraíso (do consumo). A tese de Ortega y Gasset de considerar os conflitos políticos a partir da divisão entre massas e minorias[3] permite entender como os ideais liberais da liberdade e da igualdade são apropriados de modos diversos por grupos de indivíduos que são parte de minorias classistas, por um lado, e de maiorias étnicas, por outro.
A tese nos leva, de imediato, a refletir sobre a complexidade dos conflitos políticos atuais no Brasil entre a racionalidade de inspiração étnico-capitalista das massas, por um lado, e a racionalidade utilitária-individualista dos que pretendem proteger e monopolizar os mecanismos de acesso à riqueza e ao consumo ostensivo, por outro lado. Para o autor espanhol, o assunto da crise civilizatória fica mais complicado quando aparecem os demagogos (que ele considera uma forma de degeneração intelectual), buscando controlar o poder. Diz ele ser muito difícil salvar uma civilização quando chega a hora de cair no poder dos demagogos. “A demagogia essencial do demagogo está dentro de sua mente e brota da sua irresponsabilidade sobre as próprias ideias que manuseia e as quais ele não criou, mas recebeu dos criadores verdadeiros”.[4] Este é um tema importante pois revela como o pensamento mítico das massas pode ser aprisionado por discursos sedutores que buscam estabelecer e legitimar narrativas aparentemente tradicionais para usurpar e desacreditar os discursos pluralistas sobre a política para impor um pensamento único e dogmático.
Voltando no tempo é curioso reconhecer que o fenômeno das massas já preocupava Gabriel Tarde ainda no final do século XIX.[5] Para ele, as massas não deveriam ser vistas apenas como uma ameaça à paz social devido aos deslocamentos das multidões, aos linchamentos, à violência caótica, à intolerância cultural e religiosa. Para ele, embora haja uma distância imensa entre a multidão e o público, é necessário se entender que o público procede, em parte, de uma certa multidão. No caso da multidão, diz, os indivíduos se aproximam por suas similitudes étnicas (que podem ser, esclarecemos, de ordem econômica, religiosa, racial, de gênero ou outra) que definem modos particulares de se fazer a política. No caso do público, as aproximações se fazem a partir de lógicas identitárias e classistas diversas. Para ele, “no movimento de uma multidão, os ângulos da individualidade se atenuam mutuamente em proveito do tipo nacional que sobressai”.[6] Tarde sublinha o tema do nacionalismo como atrator genético importante na adesão dos indivíduos em torno de programas políticos conduzidos por grupos étnicos na passagem do século XIX para o século XX. Mas, no contexto atual, vemos que o fenômeno das massas se rege igualmente por outros atratores além do étnico como aqueles da religião e do consumo de massa (não por acaso o tema da indústria cultural assustou os frankfurtianos). No Brasil, os atrativos simbólicos da nacionalidade e da religião se cruzam marcando de verde e amarelo a cena política como o demonstram as práticas dos grupos bolsonaristas.
O transe produzido pela fusão do populismo entre o milenarismo e o utililtarismo neoliberal leva as massas a buscarem privatizar algo que não pode ser privatizado – a simbólica nacional –, que faz parte do imaginário de um país com 230 milhões de indivíduos. A apropriação dos elementos simbólicos modernos comuns a grupos nacionais amplos e heterogêneos que formam os países (bandeiras e hinos) pelas massas, possuem um efeito hipnótico que não deve ser negligenciado. Esta apropriação privada do bem comum revela um tipo de negacionismo próprio do imaginário das massas desterradas e deixadas de lado no processo de organização da sociedade do trabalho na modernização capitalista A privatização deste tipo de simbolismo popular por grupos populistas tem, é bom lembrar, relação com o imaginário fascista que se volta para a criação de uma relação mítica entre o líder redentor e os oprimidos e abandonados pelo universo do trabalho. Este tipo de transe – que desloca o simbolismo nacional para um lugar mágico e privado – revela que a racionalidade mítica fundada na utopia da redenção extrapola o que podemos chamar de bom senso racional e leigo próprio do liberalismo moderno.
O modo fervoroso como certos indivíduos se enrolam na bandeira nacional revela este transe mágico que inibe as possibilidades emancipatórias do fazer político e democrático. O mesmo tipo de hipnose ocorre no modo como os pastores realizam releituras da bíblia cristã em favor de um milenarismo que é capturado pelo bolsonarismo. O evangelismo ativista faz a síntese de um processo caótico de declínio do cristianismo tradicional e de ascensão ao culto do consumo de massas. Isso é o que podemos chamar de uma “transição civilizatória caótica”. Mas é importante entender não haver aqui uma cisão irreversível entre racionalidade cartesiana e racionalidade mágica. Há deslocamentos de sentidos que devem ser decifrados para se repensar os desafios teóricos e práticos da democracia no contexto da transição planetária. Enfim, como diz Tarde, há sempre possibilidades de o público recair na multidão ou, no lado contrário, da multidão se transformar em público com certo avanço da tolerância. A atitude da tolerância aparece aqui como uma possibilidade de se produzir novos pactos que respeitem a individuação, abrindo as perspectivas da prática democrática. A tolerância aparece como um tipo de atitude moral que promove a inclusão do outro no espaço coletivo e que é fundamental para se pensar políticas voltadas para o bem comum.
Todas estas digressões sobre o movimento fluido entre massas, públicos, classes e indivíduos são importantes para se entender, diria Baudrillard, o “abismo de sentido” do contexto político e cultural brasileiro. Contra um sentido intelectualmente sofisticado como a razão emancipadora herdada do Iluminismo europeu, as massas preferem a racionalidade estética do espetáculo: o transe hipnótico nos cultos religiosos e o fanatismo das torcidas de futebol, no plano das classes populares; o consumo ostensivo de bens de luxos, nos planos das classes médias e ricas. E, atravessando todas as camadas sociais, o culto a ídolos aparece como possibilidade de redenção dos rejeitados e abandonados ou dos frustrados e ambiciosos paranoicos. A figura abstrata do redentor concilia contraditoriamente, na esfera do discurso negacionista, as ambições de ricos – que temem a melhoria de vida dos pobres pelas políticas compensatórias – e as massas empobrecidas – que desejam políticas compensatórias para ascender ao prazer da sociedade de consumo. O primeiro turno das eleições no Brasil revela, então, um tipo de embate que não mais é conduzido pelas lógicas representativas e participativas tradicionais nos regimes democráticos liberais que funcionam pelo modelo bipolar entre direita e esquerda. Este imaginário dualista da política foi rompido com a prisão de Lula e com o desmonte do projeto neodesenvolvimentista, que buscava conciliar políticas econômicas para os grandes empresários e políticas sociais voltadas para beneficiar os mais pobres. Mas mesmo este programa de caráter social-democrático pouco ousado apareceu como excessivo pelas elites autoritárias-conservadoras.
A ruptura do pacto social representado pelo PT e por Lula aumentou a desigualdade entre ricos e pobres nos planos do acesso a riquezas e também a direitos de cidadania. As multidões desprovidas de condições de acesso aos bens de cidadania se tornaram mais vulneráveis aos apelos populistas e ao radicalismo de direita representado pelo bolsonarismo. Assim, as eleições do primeiro turno marcam apenas secundariamente disputas em torno de sentidos políticos e ideológicos. Elas revelam, sobretudo, a perda de referência da democracia como bem comum, na medida em que o programa da emancipação social é destituído pela escatologia moral e religiosa presente no imaginário bolsonarista e que funciona pela criminalização permanente do outro como modo de governança. Este estado de coisas revela a atualidade do pensamento de Erich Fromm em Psicanálise da sociedade contemporânea sobre a atualidade do fascismo na justificativa de modos de proteção de indivíduos fragilizados.[7] Diz ele sobre a ideologia autoritária que: “o fascismo, o nazismo e o estalinismo têm em comum que oferecem ao indivíduo atomizado um novo refúgio e segurança. Estes regimes são o culminar da alienação. O indivíduo é feito para se sentir impotente e insignificante, mas é ensinado a projetar todos os seus poderes humanos na figura do líder, no Estado, na pátria, a quem se deve submeter e adorar. Escapa da liberdade para uma nova idolatria”.[8]
Os resultados do primeiro turno demonstram que o bolsonarismo adquiriu uma força popular e política muito mais resistente do que pensavam os lulistas. O problema não é apenas de disputas de ideologias políticas, mas de embates que ultrapassam o imaginário democrático e penetram no imaginário das massas, revigorando as batalhas de inspiração religiosas entre cristão e infiéis, ou dos democratas contra os comunistas. A “rebelião das multidões”, se pensamos em Ortega y Gasset, aparece aqui pelos comportamentos radicalizados de grupos de evangélicos neopentecostais que buscam romper com quaisquer tipos de diálogos no campo de representações da democracia participativa, em favor de um populismo mesclado com o fundamentalismo e com a demonização do social. As práticas de certos grupos evangélicos ortodoxos neste pleito revelam a estratégia política da direita fundamentalista e populista de romper com debates em torno de sentidos políticos plurais na sociedade em favor de práticas intolerantes e resistentes à diversidade cultural. A estratégia de grande parte das comunidades neopentecostais foi fortalecer o voto de cabresto que marca o modo tradicional de se organizar a política oligárquica. Então, o cenário deixou de ser a fazenda para ser a igreja. Eles deixaram de ser um agregado de várias tendências para funcionar como uma estrutura piramidal político-ideológica. Se isto se consolida, teremos um Estado paralelo que lembra o modo de funcionar do movimento islâmico. Claro, com seu discurso e ritos cristãos.
Também se consolida o pacto perverso entre o neoliberalismo antissocial, o oligarquismo antissocial e o evangelismo antissocial. Os primeiros defendendo o direito absoluto ao enriquecimento financeiro; os segundos, o direito ao controle absoluto da propriedade da terra; os terceiros, o direito absoluto ao dogmatismo. Os três convergindo pelo desejo maldito de extração da energia humana para acelerar a destruição da herança iluminista. Pois aqui se rompe com uma representação tradicional do republicanismo moderno fundado no direito igualitário de todos à cidadania para se aplicar direitos diferenciados e hierárquicos que reproduzem as distâncias históricas já existentes no direito romano entre pessoas, semi-pessoas e coisas conforme nos explica Roberto Esposito em seu Terza persona. Politica della vita e filosofia dell’impersonale[9] e que foram reproduzidas no sistema colonial brasileiro. O enfraquecimento do direito republicano e democrático revela que o comportamento de massas atinge a ricos e pobres, a oligarquias ensandecidas e multidões desamparadas. Por trás do trágico e do buraco negro da civilização interrompida, emerge um mundo caótico cujo entendimento exige outra sensibilidade estética e política. A organização deste programa requer, pelo menos, repensar a relação entre utopia, política, moral e imaginação criativa.
Os eventos impactam necessariamente sobre a importância de repensar o fazer intelectual inspirado na lógica discursiva do liberalismo moderno e iluminista. O cenário revela haver uma relação estreita entre as novas orientações históricas dos eventos contemporâneos e as ilusões de intelectuais forjados no campo de um liberalismo individualista moderno, que não dá conta das exigências básicas de formulação de solidariedades emancipatórias que conciliem moral e sonho liberador. Como não fomos capazes de construir métodos de entendimento da relação necessária entre emoções, afetos e ação mental, entramos no culto moralista do pesadelo. Agora acordamos para o lado sombrio da modernidade ocidental onde se cultiva o ódio, a desconfiança e o ressentimento. Mas é importante lembrar que os movimentos fascistas sempre geraram reações antifascistas, o que leva a supor a tendência da humanidade a criar novos sistemas imunológicos. Como lembra Peter Sloterdijk[10], um fenômeno próprio da modernidade é criar permanentemente redes e camadas de segurança que ocupam o lugar das antigas camadas celestiais: “Envolto em uma pele midiática eletrônica, o corpo da humanidade deve criar para si uma nova composição imunitária”.[11]
E nossa sociologia acadêmica, como fica? Ela está se desfazendo lentamente sob o peso do burocratismo e do excesso de apegos às ideias ilustradas que, portanto, são insuficientes para atender às exigências de uma ciência humana e de uma filosofia existencial apropriada para o mundo atual. A lealdade aos clássicos tem pouca valia no mundo em que a racionalidade discursiva é atropelada por uma racionalidade mítica que reinterpreta a emancipação pela utopia milenarista. Contra este conformismo intelectual que se apega à narrativa liberal clássica há que se forjar outros modos de pensar a racionalização do mundo de maneira mais afetiva e sensível. Este novo modo de pensar deve considerar a força das pulsões afetivas, como diria Spinoza, na organização de processos decisórios nos planos dos valores e das atitudes mentais.[12] A emancipação da razão tecnológica sem que considerasse o papel das solidariedades afetivas na geração dos pactos voltados para a inclusão social produziu o Frankenstein, esta enorme máquina de produção de desigualdade estrutural entre ricos e pobres. Agora, é tempo das ciências humanas reverem o sentido do humanismo para incorporar as dimensões afetivas, lúdicas e estéticas na redefinição do que entendemos como um programa de racionalização aberto e capaz de acolher as entropias e os sonhos humanos.
Notas
[1] Baudrillard, Jean (1982) À sombra das maiorias silenciosas. O fim do social e o surgimento das massas. São Paulo: Editora Brasiliense, 1982, p. 11-13).
[2] Ortega y Gasset, José (1929) A rebelião das massas (Rio de Janeiro: CETED, 2016.
[3] Ibid., p. 82-83.
[4] Ibid., p. 66.
[5] Tarde, Gabriel (1901) A opinião e as massas. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
[6] Ibid., p. 38-40
[7] Fromm, Erich (1956) Psicoanálisis de la sociedad contemporânea (México/ Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica.
[8] Ibid. , p. 196-197.
[9] Esposito, Roberto (2007) Terza persona. Politica della vita e filosofia dell’impersonale. Torino: Einaudi.
[10] Sloterdijk, Peter (2016) Esferas I. Bolhas, São Paulo: Estação Liberdade, 2016.
[11] Ibid., p.26.
[12] Spinoza, Baruch de (2009) Ética. Belo Horizonte: Autêntica.

PAULO HENRIQUE MARTINS é sociólogo, professor titular de Sociologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Foi presidente da Associação Latino-Americana de Sociologia (ALAS) e vice-presidente da Associação Mouvement Anti-utilitariste en Sciences Sociales (MAUSS). É membro do conselho editorial da Revue du MAUSS e co-fundador e co-editor da Revista de Estudos AntiUtilitaristas e PósColoniais (Realis). Publicou pelo Ateliê de Humanidades Editorial: Itinerários do dom: teoria e sentimento (2019) e Teoria crítica da colonialidade (2019). Esse último livro foi traduzido para o inglês e publicado em nova edição: Critical Theory of Coloniality (Routledge, 2022).
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