Está disponível o sétimo encontro do Seminários do Ateliê “Na carne do social: recompor o bem comum”.
No sexto encontro, discorremos sobre a interpretação fenomenológica do dom realizada por Claude Lefort em “A troca e a luta entre os homens” (1951), mostrando como ele se opôs à interpretação estruturalista de Lévi-Strauss. Avançamos agora, no sétimo encontro, em nossa leitura dos ensaios “etno-filosóficos” de Lefort de “As formas da história“, em especial “Sociedades ‘sem história’ e historicidade”. Como a etnologia pode trazer à luz a pluralidade de regimes de historicidade nas sociedades humanas? Qual é a contribuição da visada etnológica para pensar o político na modernidade e atualidade? Mais uma vez, fazemos a leitura alimentando diálogos e tensões da obra de Lefort com os escritos de Lévi-Strauss, tais como “História e etnologia” (1949), “Raça e história” (1952) e demais ensaios e conferências tardios, reunidos em livros como “A antropologia diante dos problemas do mundo moderno” (1986) e “Somos todos canibais (2013, reunião póstuma de textos de 1989 a 2000).
Índice do vídeo
0:13 Recapitulação do encontro anterior e apresentação da temática atual: uma visada etnológica sobre os regimes de historicidade
2:52 Apresentação da bibliografia de background : de Claude Lefort, “Sociedades ‘sem história’ e historicidade” (1952); de Claude Lévi-Strauss, “História e etnologia” (1949), “Noção de arcaísmo em etnologia” (1952), “Raça e história” (1952), “As descontinuidades culturais e desenvolvimento econômico e social” (1961), “A antropologia diante dos problemas do homem moderno” (1986), “Existe apenas um tipo de desenvolvimento?” (1990) e outros de “Somos todos canibais”.
10:30 “Sociedades ‘sem história’ e historicidade”: começo do diálogo crítico com as concepções de historicidade das filosofias modernas (Hegel, Marx e Husserl)
13:35 A filosofia da história de Hegel: o lugar problemático da Índia e da China na construção do princípio de desenvolvimento da história universal
33:49 A dificuldade das teorias racionalistas da história: pensar a historicidade sem “História”
37:04 Breve citação comentada da “Filosofia da história” de Hegel: as divisões da história universal
49:47 Retorno a Lefort: a concepção de Marx da continuidade e descontinuidade do desenvolvimento da humanidade
57:35 A relação complexa entre Marx/marxismo e etnologia
1:00:25 A concepção de história e humanidade de Husserl: a distinção entre sociedades voltadas ao infinito e sociedades encerradas no finito
1:10:11 Reconhecer a singularidade das sociedades não voltadas à história e ampliar a concepção de devir coletivo
1:17:45 Passagem para Lévi-Strauss: um outro quadro de problematização, a partir da “questão das descontinuidades sociais diante da etnografia e da história”
1:24:06 Recuo para século XVI a XVIII: da colonização do novo mundo às distintas acepções do Esclarecimento (Condorcet, Diderot, Rousseau)
1:35:10 Fragilidade da visão unitária do desenvolvimento da humanidade: Comte e Marx/Engels
1:41:20 Quais são as inovações do marxismo: a questão colonial do desenvolvimento industrial e a relação intrínseca entre Ocidente e sociedades arcaicas/”subdesenvolvidas”
1:44:38 A questão da “economia primitiva” (necessidade, riqueza, excedente) e do desenvolvimento extrínseco e imposto
1:51:16 A relação entre modernidade capitalista e colonialidade em Lévi-Strauss e o problema do desenvolvimento/”subdesenvolvimento
2:14:16 Amarração do que foi trabalho e considerações finais
Tempo de vídeo: 2 horas e 19 minutos
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