Publicamos hoje a entrevista legendada em português de Jean-Louis Laville, que fizemos no contexto do segundo encontro do Ciclo de Humanidades 2020, com o tema “Construir a transição social e ecológica: da outra economia à outra gestão”. A entrevista foi feita em abril de 2020 por Genauto Carvalho de França Filho & André Magnelli.
Jean-Louis Laville é um dos principais pesquisadores contemporâneos sobre associações, altereconomia, economia solidária, formas de solidariedade, democracia, empresa e inovação social. Ele é professor no Conservatoire National des Arts et Métiers em Paris (Cnam), onde ocupa a cadeira de “Economia Solidária”. É pesquisador no Lise (Laboratoire interdisciplinaire pour la sociologie économique, CNRS-Cnam), no IFRIS (Institut Francilien Recherche Innovation Société) e no Collège d’études mondiales – Fondation Maison des Sciences de l’Homme, onde dirige o programa de estudos “Democracia e economia plural”. Laville já publicou, como autor e organizador, cerca de 50 livros, entre eles o Dicionário Internacional da Outra Economia (com Antonio Cattani et al., Almedina, 2009) e Economia Solidária: uma abordagem internacional (com Genauto Carvalho de França Filho, Editora da UFRGS, 2004)
Esta entrevista tem o objetivo de apresentar o conjunto da obra e do pensamento de Laville, tratando de sua trajetória, suas preocupações nucleares e suas distintas frentes de pesquisa empreendidas no cruzamento entre sociologia, antropologia, economia e filosofia. Refletindo sobre a relação entre a economia e a democracia e a possibilidade de democratizar a economia, perpassamos diversos temas como: a inspiração da proposta de autogestão iugoslava e suas desilusões; a importância e os limites das experiências cooperativas; a crítica da confusão sofismática entre economia e mercado; a relação entre economia solidária e a transformação social; a centralidade dos “espaços públicos de proximidade” para a solidariedade democrática; a abertura teórica e descritiva para as experiências alternativas de economia (dentro e fora da Europa); os limites da teoria crítica clássica para a interpretação das novas economias; a crítica da “empresa social” e a proposta de uma outra gestão vinculada à inovação social e solidária etc.
Tempo de vídeo legendado e editado:
44 minutos e 54 segundos
A entrevista sem edições em francês está disponível em https://youtu.be/VAtzQqTodow
Tempo do vídeo: 55 minutos e 43 segundos
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