Curso Livre. Os robôs na ficção especulativa: mitologia, literatura e cinema – com professora Liz Ribeiro

Apresentação

O curso tratará dos robôs em suas diversas formas e representações – mitológicas, literárias e cinematográficas –, desde a Antiguidade até os dias atuais. Veremos, em seis aulas, como nosso imaginário sobre criaturas artificiais diz muito sobre quem somos e o mundo em que vivemos, evidenciando várias questões filosóficas, antropológicas, éticas e políticas. Discutiremos, entre diversas outras, desde obras clássicas da ficção científica (como Frankenstein, Metrópolis, 2001: uma odisseia no espaço e Blade Runner) até produções contemporâneas (como Matrix, Black Mirror e Westworld).

Professora: Liz Ribeiro

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia da UFRJe livre-pesquisadora do Ateliê de Humanidades. Começou, ainda no final da graduação, a pesquisar nas áreas de Sociologia da Arte e da Cultura. Durante a elaboração do projeto de mestrado, seu objeto se aproximou dos estudos da Antropologia, não apenas da arte mas também da ciência e tecnologia. Decisivo foi a respeito disso o encontro de obras que exploram o cruzamento entre tecnologia e arte. Vem desde então pesquisando tais interações com ênfase nos usos da robótica na arte, bem como as relações entre humanos e não-humanos que emergem dessas produções.

Metodologia

As aulas serão com base em temas definidos a partir da literatura e do cinema de ficção científica. Para cada tema, serão apresentadas imagens ou cenas curtas de filmes para ilustrar a discussão. Não será exigida a leitura dos livros ou que os alunos assistam a todos os filmes abordados, mas ambos são recomendados para que se tenha uma compreensão maior das aulas e debates. É preciso ressaltar que todas as obras serão tratadas de forma livre, com menções aos seus finais e/ou reviravoltas importantes no enredo.

Quando?

às quartas:
27 de abril , 04, 11, 18, 25 de maio, 01 de junho

Que horas?

Das 20:00 às 21:40h

Onde?

Plataforma ZOOM do Ateliê de Humanidades

Carga horária

8 horas (6 aulas de 1:40 minutos)

Investimento

R$ 150,00 (120,00 para inscritos até 20 de abril)*

Política de descontos

  • Descontos para apoiadores do Ateliê de Humanidades: Apoiador Padrão (20% de desconto no primeiro curso e descontos progressivos no próximo até 50%) / Apoiador Premium (50% de desconto em todos os cursos)
  • Inscritos em mais de um curso do Ateliê de Humanidades ganham descontos progressivos de 20 a 50% de desconto;
  • Estudantes de graduação e mestrado em qualquer Universidade do país têm 50% de desconto;
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Certificação

Emissão de certificado de 8h/aula de curso livre no Ateliê de Humanidades (mínimo 3/4 de frequência)


Programa

1a aula. Introdução – Criaturas artificiais na história mitológica e ficcional até o século XX

1. Distinção entre termos: robôs, androides, ciborgues, autômatos;

2. Criaturas artificiais e artifício nas mitologias: Galateia e Prometeu;

3. Quando o homem tenta se assemelhar a Deus: primeiras narrativas romanescas;

3.1. Frankenstein de Mary Shelley (1823): a ambição trágica do criador;

3.2  Eva Futura de Auguste Villiers de l’Isle-Adam (1886): introdução do termo androide e representação da misoginia.

2a aula. Ficção científica como crítica ao sistema capitalista

1. A invenção do termo robô e a virada ficcional na representação das criaturas artificiais: R. U. R. de Karel Capek (1920);

2. Os robôs e a revolução em Metrópolis: livro de Thea von Harbou (1925), filme de Fritz Lang (1927);

3. Eles vivem de John Carpenter (1988): os óculos da realidade.

3a aula. Seriam os robôs infalíveis? Ou seriam eles demasiado humanos?

1. O Homem Bicentenário de Isaac Asimov (1976): dramas éticos com robôs;

2. Eu, Robô de Isaac Asimov (1950): a ética do robô e o controle da sociedade;

3. 2001, uma odisseia no espaço de Stanley Kubrick (1968): violência, infalibilidade e loucura.

4a aula. A virada distópica dos anos 1960-1980:  violência e guerra dos androides

1. Androides sonham com ovelhas elétricas?, de Philip K. Dick / Blade Runner: estética cyberpunk, guerra e a questão da diferença essencial;

2. Terminator: os androides e a automatização do assassínio;

3. Black Mirror – Metalhead: robôs contra rebeliões.

5a aula. Distopias contemporâneas (I): a ficção científica como forma de desencanto, crítica e precaução

1. O que se produz hoje sobre ficção científica? Quais são as demandas da sociedade em relação à robótica após um século?;

2. Westworld: parques simulados e liberação dos desejos.

6a aula. Distopias contemporâneas (II): Distopias do mundo virtual/digital e as inteligências artificiais

1. Neuromancer de William Gibson: a matrix e inteligências artificiais

2. Matrix (1999) e Her (2013): uma IA que confunde


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