Como parte de um artesanato como modo de vida, somos artesãos de nossos corpos, seres e existências. Para tornarmos o que somos, para fazer o que fazemos, precisamos nos exercitar, construir hábitos, trabalhar sobre nós mesmos, a fim de nos esculpir segundo as ideias que temos do que somos e queremos fazer nos mais diversos aspectos: corpo, mente, afetos, relações, trabalho, criação. Nosso foco sobre o artesanato do viver envolve, portanto, a centralidade da formação de si e a produção de uma relação rica com os outros.
Como bem mostraram os gregos e helenistas, como Aristóteles, os estóicos e epicuristas, uma boa vida depende do cultivo de um senso prático, o que demanda um trabalho e exercício sobre si mesmo. Essas ideias são retomadas e atualizadas atualmente não apenas nas reflexões filosóficas sobre ética, mas também nos esforços de repensar a vida sócio-econômica, uma vez que a sociedade é mais do que o mercado e a produção de mercadorias, pois demanda, em medida ainda maior, que sejam produzidos “bens relacionais”. Em diálogo com autores como Aristóteles, Sêneca, Epicteto, Pierre Hadot, Martha Nussbaum e Luigino Bruni, conversaremos sobre este amplo desafio do ser humanos da antiguidade e da atualidade: o de exercitar e formar em nós mesmos um senso prático na relação com os demais, produzindo, com isso, um mundo comum.
Com Ateliê de Humanidades, França no Rio – Consulado da França, Embaixada da França no Brasil.
Evento gratuito
Palestrantes da mesa

Quando?
26 de outubro (quinta-feira)
Que horas?
Às 17:00h (Brasília, GMT-3)
Como assistir?
No canal youtube do Escritório do Livro & BiblioMaison
Acervo do Ciclo de Humanidades. Conheça e assista!

Deixe uma resposta