A vergonha é difícil de esquecer, mas ninguém gosta de lembrar. Em uma sociedade que promete que tudo é não apenas possível, mas também permitido, qual seria o lugar da vergonha como sentimento moral e político? Pode a vergonha – e o pudor – ser um ato de resistência, e mesmo de emancipação individual e coletiva?
Vamos dialogar três publicações fomentadas pelo PAP Drummond: A vergonha, de Annie Ernaux; A vergonha é um sentimento revolucionário, de Frédéric Gros; e Os condenados da terra, de Frantz Fanon. Indo na esteira do debate pós-colonial, que recupera as memórias do racismo, da escravidão e da colonialidade, nos interrogaremos partindo da provocação de Sartre feita no prefácio a Damnés de la terre de Fanon: “Tenha a coragem de lê-lo: por essa primeira razão que você terá vergonha, e a vergonha, como diz Marx, é um sentimento revolucionário”. Ter a coragem de olhar em face o que envergonha; ter o pudor de não se permitir tudo; e ter a força vital de responder àquilo que repulsa.
Evento gratuito
Palestrantes da mesa
Quando?
24 de agosto (quinta-feira)
Que horas?
Às 17:30h (Brasília, GMT-3)
Como assistir?
O Ciclo de Humanidades 2023 será em formato híbrido sucessivo, ou seja, a realização do encontro será, primeiramente, no formato presencial e, posteriormente, iremos disponibilizar a gravação do encontro em nossas redes digitais.
Onde assistir presencialmente?
Espaço físico da BiblioMaison (Av. Pres. Antônio Carlos, 58 – 11° andar – Centro, Rio de Janeiro)
Acervo do Ciclo de Humanidades. Conheça e assista!

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