República de Ideias. Vila morena, o debate de ideias em Portugal

Vila morena, o debate de ideias em Portugal

No final de fevereiro foi publicado, pelo Ateliê de Humanidades, o livro “A sociedade das tecnociências de mercadorias”, que trata da obra do sociólogo português Hermínio Martins. Este livro foi escrito por Marcos Lacerda [PPGS/UFPEL], com apoio da Fundação Calouste Gulbenkian e no âmbito do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.

Em março veio a pandemia e, por conta disso, tivemos que suspender a divulgação. Agora a retomamos, em um contexto ainda mais rico porque será uma oportunidade para lançá-lo junto com a Sociologia das tecnociências contemporâneas: ensaios de teoria social portuguesa, organizado por Marcos Lacerda e André Magnelli, estreitando laços com as ideias em Portugal e a teoria social portuguesa. Sobretudo com o grupo de pesquisa do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, sob liderança de José Luís Garcia.

Como parte do duplo lançamento, começamos as atividades do Vila morena, o debate de ideias em Portugal. Inspirados pela cultura, literatura, história e ciência portuguesas, publicaremos periodicamente áudios, vídeos textos sobre ideias,  livros e autores do campo intelectual português, em diálogo com o livro A sociedade das tecnociências de mercadorias, com participação do autor Marcos Lacerda e convidados.

Vila Morena consistirá em exposições e debates com o autor Marcos Lacerda e convidados. O objetivo será ambientar o ouvinte com o debate de ideias em Portugal, trazendo temas como:

• o colonialismo português e europeu;
• a relação entre Portugal e o Ocidente europeu; 
• o mundo luso-brasileiro e ibérico; 
• a trama complexa que envolve figuras de porte na vida cultural portuguesa como Eduardo Lourenço, António Sérgio, Agostinho da Silva e o próprio Hermínio Martins.

Os primeiros vídeos e áudios apresentarão:

• apresentarão um panorama da obra de Hermínio Martins;
• suas principais publicações e seus objetos de estudo;
• a fortuna crítica sobre a sua obra, desenvolvida em Portugal, Brasil, Inglaterra e EUA;
• e, por fim, um primeiro perfil biográfico, com sua formação inicial em Moçambique, ao lado de parceiros como o filósofo José Gil, o crítico literário Eugénio Lisboa e o cineasta, bem conhecido do público brasileiro, Ruy Guerra

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O título, “Vila Morena”, vem da conhecida canção “Grândola, vila morena”, de Zeca Afonso, um dos nomes centrais da modernização da canção portuguesa, ao lado de figuras como José Mário Branco, Fausto e Sérgio Godinho. Cantada até hoje pelo povo português, a canção se tornou um marco da revolução democrática de setenta e 74 e do amor a este imenso país.

Em cada esquina, um amigo
Em cada rosto, igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade

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