Nas sociedades industriais e de mercado, o artesanal parecia relegado ao passado, pois era prometida à atualidade uma lógica universalizadora de padronização, serialidade e massificação. Contudo, em nossas sociedades pós-industriais, não apenas as antigas práticas artesanais continuam tendo seu lugar, como também a lógica do artesanal mostra ser mais que uma forma de fabricar objetos; ela é um modo de se relacionar com as coisas, com as pessoas, com o espaço-tempo e com o próprio mundo: o artesanato é um modo de vida.
Nos ateliês, os artesãos tecem em conjunto as coisas, as ideias, os corpos e as relações, numa atividade expressiva de si mesmo em relação com as coisas e as pessoas. Ao se apoiar no cuidado da coisa, na perícia do fazer, na qualidade do processo, no tempo próprio do fabricar e na ética do trabalho bem feito, a lógica artesanal permite conjugar, nas diversas esferas da vida, o que o mundo moderno dissociava: os sujeitos e as coisas, os corpos e as ideias, o tempo e a vivência, o trabalho e o prazer, a produção e o existir.
Em diálogo com autores como Hannah Arendt, Richard Sennett, Domenico di Masi, Arthur Lochmann (autor de “La Vie solide: La charpente comme éthique du faire, Payot”, 2021), convidamos a artesã Terezinha Gonzaga e o Diretor de conteúdo da FENEARTE, maior feira de artesanato da América Latina, Lúcio de Omena para conversar sobre o lugar do artesanato nas nossas sociedades atuais.
Com Ateliê de Humanidades, França no Rio – Consulado da França, Embaixada da França no Brasil.
Evento gratuito
Palestrantes da mesa

Quando?
28 de setembro (quinta-feira)
Que horas?
Às 16:00h (Brasília, GMT-3)
Como assistir?
No canal youtube do Escritório do Livro & BiblioMaison
Acervo do Ciclo de Humanidades. Conheça e assista!

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