Começaremos o Ciclo de Humanidades de 2020 no próximo dia 26 de março, com o tema “A cidade porvir: pensar as crises de hoje, construir as vias do amanhã”.
De que cidade viemos e em que cidade vivemos? Que cidade vislumbramos e como podemos construí-la? Qual a cidade porvir?
Refletiremos sobre essas questões e traremos as experiências coletivas em curso em nossas cidades, com suas reivindicações e práticas que nos conduzem aos universos da complexidade, da dádiva, da ecologia, da convivialidade e da vida em comum.
Agende em seu calendário, dia 26 de março. Nos vemos lá!
Apresentação
A cidade, histórica e etimologicamente, não é apenas uma questão de configuração territorial, nem tampouco apenas um espaço de circulação de mercadorias, pessoas e carros; a cidade é, antes de tudo, um espaço simbólico onde se torna possível um bem viver juntos de uma pluralidade de seres humanos. A distinção semântica, existente em francês, entre ville e cité, ilustra bem tal fato, pois ela mantém na experiência citadina o sentido presente na polis grega. É instrutivo, nesse sentido, que no ápice da administração burocrática e gerencial das vidas individuais e coletivas, dos corpos e da psiquê, tenha se dado no Brasil a catarse coletiva de junho de 2013, que pode ser lida como uma reivindicação de uma outra cidade, essencialmente moral e política, para além da cidade mercantilizada.
Desta forma, a pergunta sobre as cidades, sua configuração e conteúdos, é uma questão que diz respeito à natureza dos vínculos sociais e à qualidade da nossa vida política, aos modos humanos de vida em seu metabolismo com os outros seres e, também, às formas de experiências espirituais, estéticas e afetivas que queremos em nossa vida cotidiana. Trata-se assim de um dos tópicos mais relevantes do debate intelectual e político-programático contemporâneo.
Em parceria com a BiblioMaison / Consulado da França, o Ciclo de Humanidades dá início ao ano de 2020, no próximo dia 26 de março, pensando o tema das cidades, da vida urbana e de suas transformações, refletindo sobre as crises de hoje e a construção das vias do amanhã. Para tanto, comporemos uma mesa-redonda com participação de Vivian Blaso (Programa Cidades Globais IEA-USP / COMPLEXUS PUC/SP) e Sydney Cincotto Junior (COMPLEXUS PUC/SP), idealizadores do projeto Cidades Afetivas (projeto vinculado ao Complexus – Núcleo de Estudos da Complexidade da PUC/SP). Nós nos guiaremos por questões tão simples de serem postas quanto radicais em seus desafios: de que cidade viemos e em que cidade vivemos? Que cidade vislumbramos e como podemos construí-la? Qual a cidade porvir? Refletiremos não apenas de forma teórica, como também trazendo as experiências existentes em nossas cidades brasileiras, com suas reivindicações e experiências coletivas, portadoras de horizontes que nos conduzem aos universos da complexidade, da dádiva, da ecologia, da convivialidade e da vida em comum.

Local: Espaço da Bibliomaison/Médiathèque da Maison de France
Av. Presidente Antonio Carlos 58, Centro, RJ, 11º andar.
Data: 26 de março (quinta-feira)
Horário: das 19:00 às 21h
Participantes:
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