por Aldo Tavares* Rio de janeiro, 05 de março de 2019 Denunciada por uma enfermeira por causa da posse de um livro marxista, Nise da Silveira, em 1936, aos 31 anos, foi levada ao presídio Frei Caneca, permanecendo durante 18 meses. De 1936 a 1944, ficou afastada do serviço público. Uma vez reintegrada, ela volta... Continuar Lendo →
Pontos de leitura. O que é a democracia, afinal? – “Uma democracia (in)acabada” (Ateliê de Humanidades, 2019)
Iremos publicar em breve o livro Uma democracia(in)acabada: quadros e bordas da soberania do povo com Pierre Rosanvallon. Com ele, inauguramos o selo editorial do Ateliê de Humanidades. Como preparativo para o lançamento, disponibilizamos a todos algumas citações retiradas de nosso livro.
Pontos de Leitura. Quando um intelectual solitário se encontra com massas inseguras, por Karl Mannheim
Os aspectos mórbidos de um estado de permanente descompromisso [com o mundo por parte de intelectuais] são evidentes. [Diferentemente de intelectuais inteiramente descompromissados], quem se defronta com as consequências diárias de suas ações acaba por adquirir hábitos pragmáticos e uma visão crítica dentro dos limites de sua prática profissional. O intelectual [completamente descompromissado] escapa destas... Continuar Lendo →
“Marighella” tem algo a dizer às esquerdas de hoje?
Aldo Tavares* Se uns dizem revolução e outros, ditadura, a história registra que, de 1º de abril de 1964 a 15 de março de 1985, militares governaram esta Pátria Amada por longos 21 anos, sem os devidos conflitos naturais da democracia. Para o baiano Carlos Marighella, o que houve em 64 foi um golpe militar... Continuar Lendo →
The child, his majesty! The challenges of psychoanalysis for the new times
by Marco Aurélio Carvalho Silva* Since the end of the nineteenth century, thinkers have researched about human suffering in an attempt to figure out what its causes could be. A lot of light has been shed on the reasons underlying human suffering. Let us take a look first at what Freud, one of the most... Continuar Lendo →
Artigo. Mais Oswald, menos Ernesto. Mais Brasil, menos Pátria – por Lindoberg Campos
Por Sebastião Lindoberg da S. Campos Em março de 1924 Oswald de Andrade afirma no manifesto Poesia Pau-Brasil que o “carnaval do Rio de Janeiro é o acontecimento religioso da raça”. De fato o carnaval é a manifestação mais genuína daquilo que podemos chamar de brasilidade. Mas o que é brasilidade? Essa busca de entendimento... Continuar Lendo →
Naufrágio de uma chancelaria rumo à pátria perdida
Por André Magnelli O mundo de Ernesto Fraga naufraga. Basta saber se o Brasil se deixará imergir sob as águas turvas de uma tormenta ou se descobrirá nela apenas uma marolinha. A nomeação do chanceler para o Ministério havia acendido um alerta para aqueles que reconheceram a tradição de pensamento por detrás das suas ideias: o velho anti-iluminismo, que esteve na origem dos fascismos do século XX. Conhecendo o “espírito” de sua reforma no MRE, não ficamos surpresos pelo atual clima de caça às bruxas, nem tampouco pela demissão do diplomata Paulo Roberto de Almeida da presidência do IPRI. O que explica que um diplomata marginalizado pelos governos do PT e de convicções liberais, com livro sobre nada menos do que Roberto Campos, seja defenestrado por ter postado textos críticos sobre a política exterior no seu Blog?
No reino de Momo, rir é coisa séria
De segunda a sexta, José Maria de Jesus sai às 6h de Nilópolis para trabalhar na av. Rio Branco. Pai de duas crianças, ele vende bolsas femininas como camelô. José torce pela Beija-Flor. “Para mim, o mais bonito desfile da nossa escola de samba foi Ratos e Urubus, com Joãozinho Trinta, em 1989”, lembra com... Continuar Lendo →