Cartografias da Crítica: Fundamentos, Potencialidades e Limites

Cartografias


O Plano Cartografias da Crítica tem por objetivo fazer uma genealogia das constelações de crítica e cartografar as atividades de teoria e pesquisa críticas, tanto as clássicas quanto as existentes em nosso tempo. Ele se propõe a refletir sobre os fundamentos, as potencialidades e os limites da crítica na filosofia e nas ciências humanas.

Ele foi concebido e desenvolvido no interior do núcleo de pesquisa SOCIOFILO, formando um universo temático com postagens no Blog do Sociofilo. Desde então, reuniram-se como parceiros do Projeto a Biblioteca Virtual do Pensamento Social (BVPS) e o Grupo de Estudos de Teoria Social (UFJF), coordenado por Felipe Maia. 

O trabalho cartográfico toma como ponto de partida uma concepção “ecumênica” de crítica, pois reúne, descreve e mapeia as mais distintas constelações de crítica para muito além da Escola de Frankfurt.

Dentre elas, serão consideradas não apenas (a) as gerações da tradição de teoria crítica conhecida pelo codinome de “Escola de Frankfurt”, como também (b) as demais vertentes do marxismo clássico (como Gramsci) e contemporâneo (como Badiou, Zïzek, etc.); (c) a “sociologia crítica” de Bourdieu e de “pós-bourdieusianos” (como Boltanski, Lahire, etc.); (d) as obras dos intelectuais saídos da Revista Socialisme ou Barbarie (Cornelius Castoriadis e Claude Lefort principalmente) e de seus discípulos (Rosanvallon, Gauchet, etc.); (e) o realismo crítico (Bhaskar e Archer); (f) a vertente pós-estruturalista ou desconstrutivista (Foucault, Deleuze, Laclau-Mouffe, etc.), incluindo aí as teorias críticas da raça e feministas; (g) as configurações do pensamento crítico no pensamento social brasileiro; e, enfim, (h) as distintas formas de pensamento crítico pós-colonial não apenas latino-americano, como também africano, indiano, etc.

Se assumimos tal abertura descritiva e comunicativa em descompasso com uma usual concepção restrita de teoria crítica, temos contudo um objetivo mais profundo, que é o de pensar os fundamentos e os limites de uma teoria social crítica, colocando, neste sentido, questões que consideramos fundamentais: como são justificadas as posturas críticas? Quais são os limites e as possibilidades abertas pela justificação? E quais são os problemas oriundos da existência de uma justificativa insuficiente ou da falta de tal justificação?

Portanto, no mesmo movimento em que efetuamos o trabalho genealógico e cartográfico, fazemos também um permanente esforço de pensar, de modo sistemático, as diferenças entre, de um lado, as meras pretensões de crítica e, de outro lado, o autêntico esforço, presente de forma explícita na Escola de Frankfurt, de não apenas assumir uma tarefa de crítica social, como também, mais fundamentalmente, de construir uma “teoria crítica da sociedade”.

*Imagem: Kant & Mapa Cartográfico. Composição via Deep dream.

Para ver o projeto completo do Cartografias da Crítica 1.0 concebido no interior  núcleo de pesquisa SOCIOFILO, clique aqui.

Em breve Cartografias da Crítica 2.0

Ateliê de Humanidades


Projetos em andamento:

Teoria Crítica das Tecnociências: gêneses históricas e fundações teóricas

 


q.02

Acima ↑