Coordenação
André Magnelli
Pesquisadores envolvidos
Maryalua Meyer, Rafael Damasceno, Renato Magnelli
Resumo
As tecnologias de Inteligência Artificial (IA) estão em moda. A disciplina foi reconhecida e nominada ainda na década de 50, sob o ambicioso objetivo de simular todo aspecto do aprendizado e da inteligência. Após meio século de expectativas e obstáculos, os desenvolvimentos tecnológicos vertiginosos dos últimos anos nas áreas das redes neurais de aprendizado profundo, da robótica (drones e veículos autônomos), do processamento de língua natural (chatbots) e da ciência dos dados fazem proliferar suas aplicações práticas, assim como as análises sobre suas potencialidades e ameaças. Com as promessas incertas e os riscos imprevistos de cada invenção, nossos afetos oscilam entre a ansiedade por descobertas, a surpresa por novidades e um medo diante do desconhecido. Ameaças generalizadas à segurança, armas de guerras (reais e virtuais), desaparecimento súbito de postos de trabalho, fake news automatizadas disseminando instabilidade política, sofisticação do sistema de controle dos Estados, algoritmos mapeando e classificando todos nossos passos, formando uma bolha ideológica e de consumo – não faltam sinais de que os autômatos dos novos tempos prometem nos deixar em constante sinal de suspense.
Diante deste cenário, propomo-nos duas vias de investigação a respeito das repercussões das tecnologias de IAs sobre o social, o individual e o relacional:
(1) investigar quais são as incertezas, os riscos, as ameaças e as potencialidades decorrentes das inovações em curso;
(2) a partir da abertura de um horizonte possível de máquinas capazes de atributos tidos até então como exclusividade humana, refletir sobre quais são as implicações das IAs para a própria compreensão do que é o humano, o vivo e a máquina, bem como quais são as consequências sociais de tais inovações tecnológicas.
Natureza
Projeto coletivo de estudo e pesquisa