Publicamos agora no República de Ideias um podcast (também em formato de vídeo) em que Emmanuel Rapizo, Marco A. de Carvalho Silva e André Magnelli conversam sobre os artigos de Zizek, Byung-Chul Han e Jonanildo Burity sobre a atual crise, não sem incluir no papo os textos de Daniel Chernilo, Paulo Henrique Martins e Saskia Sassen. O objetivo não é apenas pensar sobre o que está ocorrendo hoje, mas também refletir sobre nosso futuro, sobre caminhos porvir.
Tópicos
O diálogo crítico entre Zizek e Byung-Chul Han
- A visão de S. Žižek sobre a China:o golpe dos cinco passos;
- A crítica de Byung-Chul Han: aprendizados com a China e os países asiáticos;
- O que seria o comunista para S. Žižek? Liberalismo diplomado? Social democracia? Um vírus messias?;
- Byung-Chul Han: será o vírus mesmo um ponto de inflexão?
- Algumas noções sobre Byung Chul-Han em sua obra: terror da imanência, imunologia e pós-imunologia;
- Questão da “permissividade” nas nossas sociedades: convergências entre os autores;
- Pensando por contrastes entre o “oriente” e o “ocidente”;
- A questão do sistema internacional.
Visões alternativas: Joanildo Burity e Daniel Chernilo
- Joanildo Burity: em favor da reconstrução democrática contra o estado de exceção;
- Daniel Chernilo: desafios para a democracia diante do desencaixe entre sistema internacional, globalização e Estado-nação;
- Saskia Sassen: território, autoridade e direitos.
Mudanças não zeram tudo! Quais capacidades são necessárias para superar a crise contemporâneas?
- Comparação entre as concepções do que pode vir da crise pandêmica contemporânea: comparação entre os autores;
- Aprender a ser si mesmo com o conjunto: construir a convivialidade, renovar a psicanálise;
- Reencaixar global, internacional e nacional: retomar a capacidade do Estado agir e assumir as políticas públicas;
- Terminando com uma poesia de Camões.
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Às custas deste momento de desaceleração e necessidade de isolamento físico-social está sendo possível investir tempo maior no Republica de Ideias com real aproveitamento de suas produções.Excelente este debate amigos!! Poder pensar em especial as questões relativas às possibilidades de mudanças face à crise provocada tanto pela emergência do vírus, como por outro lado,as dificuldades que o neoliberalismo de forma latente já provavelmente enfrentava e que se manifesta com a radical devastação que o vírus está promovendo,se faz inadiável. Pensar, com suas analises e reflexões sobre rupturas ou não, fortalecimento ou não , surgimento ou elaboração de algo novo e diferenciado a se desdobrar nas relações econômico-politico-sociais é bastante eniquecedor!! Sobre a interessante leitura trazida por Emmanuel sobre o surgimento de mudanças a partir das “capacidades” já existentes para tal, me inclinaria a dizer que esperançosamente positivas , concordando com Marco sobre os trabalhos realizados sobre o “dom” (Com Paulo Henrique Martins )e a proposta de uma democracia convivial a partir do Manifesto Convivialista , cuja importância recupera ,a meu ver, : a “esquecida” necessidade humana de expressar sua condição de viver plenanamente apenas quando consegue estar vivificando o laço primordial com o outro,,gerador da própria chance de realização do humano em nós..Parabéns e obrigada ! Com tempo para acompanhar um pouco mais o Ateliê.
Emmanuel, gratificante você encerrar com aquele belo poema!!
Muito obrigado, Eliane. Muito gentil!
E viva Luís de Camões!
Eliane , você fez uma excelente observação. Podemos neste momento complicado nos debruçar sobre questões da vida e da sociedade porque temos mais tempo para isso. Ou talvez estejamos repensando nossa relação com o tempo. Tempo de refletir. Tempo de absorver. Tempo de filtrar o que se observa.
Aproveito para pedir a você uma reflexão sobre o que estamos vivendo sob a sua ótica e a ótica de Ricoeur.